Críticos precisam-se!
A evolução tecnológica que vivemos atualmente, a uma escala sem precedentes, deve-se a um conjunto de circunstâncias. Certamente não surgiu do nada. Dentre estas poderia referir a globalização do conhecimento, a internet, o trabalho colaborativo, as comunidades científicas internacionais e mais varias dezenas, todas com validade.
Seria no entanto descuidado deixar de fora “O” fator que marca a diferença em tudo na vida - a atitude! A curiosidade natural do ser humano, a vontade de descobrir como algo funciona e o inconformismo, são exemplos nítidos de atitudes que provocam contextos de descoberta e inovação, e que definem se “queremos saber algo mais…” ou se “já sabemos o suficiente… e ficamos por aqui!”.
Assertivamente, diria que, de entre todas as atitudes possíveis, aquela que notoriamente provoca desequilíbrios no sentido da evolução é a capacidade de criticar. Fazer uma análise crítica é seguramente sinónimo de lucidez e imparcialidade. Observar determinado fenómeno, destacar o que não faz sentido e trazer ao diálogo as suas fragilidades é uma capacidade essencial para determinar a sua evolução.
Apesar de tudo, uma boa crítica deve procurar desequilibrar uma linha de pensamento, questionando-a, e mesmo assim respeitar o que as ideias implícitas têm de positivo. Não de trata de dizer mal, mas antes de encontrar pontos frágeis num determinado enquadramento, lançar novas perspetivas sobre o tema e propor diferentes ângulos de análise.
Afinal, “Ninguém é tão ignorante que não tenha nada a ensinar. Ninguém é tão sábio que não tenha nada a aprender." Blaise Pascal
Horácio Lopes | Editor
Critics are in need!
The technological evolution we are currently experiencing on an unprecedented scale is due to a set of circumstances. It certainly didn't come out of nowhere. Among these I could mention the globalization of knowledge, the internet, collaborative work, international scientific communities, among others.
However, it would be careless to leave out “THE” factor that makes the difference in everything in life - attitude! The natural curiosity of human beings, the desire to find out how something works and nonconformity are clear examples of attitudes that provoke contexts of discovery and innovation, and that define whether "we want to know something more..." or if "we already know enough... and we leave it as it is!”.
Assertively, I would say that, among all possible attitudes, the one that notoriously causes imbalances in the direction of evolution is the ability to criticize. Making a critical analysis is certainly synonymous with lucidity and impartiality.
Observing a certain phenomenon, highlighting what does not make sense and bringing its weaknesses to dialogue is an essential ability to determine its evolution.
After all, a good critique should try to unbalance a line of thought, questioning it, and still respect what the implicit ideas have to be positive. It is not a matter of saying bad things, but rather of finding weak points in a given framework, launching new perspectives on the subject and proposing different angles of analysis.
After all, “No one is so ignorant that have nothing to teach. No one is so wise that have nothing to learn." Blaise Pascal
Horácio Lopes | Editor
