Page 15 - newDATAmagazine | 01>05>2021

U m e x e m p l o d e b a s e s a s e r e m
consideradas, são as técnicas de análise de
condição e manutenção preditiva. Estes são
termos já comuns de técnicas que se
encontram amplamente difundidas e
implementadas em maior ou menor grau.
Vibrometria, termografia, ultrassons,
análise de óleos, recolha de dados elétricos
são algumas dessas técnicas que permitem
aferir, num dado momento, a condição de um
determinado equipamento ou de um seu
órgão.
São técnicas utilizadas, quer pontualmente,
para diagnóstico de problemas existentes e
em desenvolvimento, quer de forma
sistemática, integradas em planos de
manutenção preventiva. Neste último caso é
possível seguir a evolução no tempo do estado
de condição do equipamento em avaliação,
desde o surgimento dos primeiros sintomas de
falha potencial até à concretização da própria
falha.
Tal evolução pode ser seguida pela
designada curva PF:
A curva PF mostra o estado de condição do
ativo ao longo do seu tempo de vida. O tempo
PF é o que decorre desde que uma falha
potencial (degradação em curso) é detetável
até que a falha se concretiza (isto é, que o
equipamento passou ao estado de avariado
deixando de cumprir a sua função). Cada
avaliação de condição corresponde a um
ponto no gráfico.
N u m p r o g r a m a d e m a n u t e n ç ã o
condicionada que tenha como objetivo
garantir a fiabilidade e disponibilidade de um
determinado ativo, o intervalo de tempo entre
duas avaliações sucessivas de condição terá
de ser suficientemente curto para que a falha
não ocorra durante esse intervalo de tempo
(isto é, terá de ser inferior ao intervalo PF).
Conforme se pode observar na figura
anterior, a degradação da condição do ativo
acelera com o tempo, o que implica que, para
garantia da prevenção da sua falha, o intervalo
de tempo entre cada avaliação de condição
deveria ser necessariamente decrescente.
Acresce que, para um mesmo tipo de falha, o
momento em que se manifesta (o momento P
de falha potencial) é normalmente variável
entre equipamentos iguais e entre ciclos de
funcionamento pós reparação do mesmo
equipamento, o que introduz uma enorme
complexidade na predição do momento de
ocorrência de uma falha após cada avaliação
de condição.
Isto é, a manutenção preditiva, tendo como
objetivo prever o momento de ocorrência de
uma falha, e programar o momento de
reparação com racionalidade técnica e
económica, torna-se uma prática inviável na
maioria das situações.
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