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dependência total da equipa de TI por parte do
negócio, quer para manutenção quer para
pequenas alterações, o que não é, de todo,
desejável.
Também é necessário considerar que nem
sempre a automatização de processos é de
rápida implementação e que não se pode levar
em consideração apenas o tempo de
desenvolvimento inicial: às vezes, as
necessidades de negócios mudam e pode ser
necessário lidar com contingências
inesperadas.
Por fim, e talvez o pior erro de todos:
subestimar a importância do capital humano.
De facto, a automatização e informatização de
processos é, muitas vezes, associada à
redução de postos de trabalho, através da
eliminação de tarefas repetitivas. Não nego
essa realidade, mas é preciso considerar a
outra face da moeda. Com a automatização,
surge a necessidade de mão de obra
qualificada, a necessidade de apostar em
formação e de tornar os colaboradores
capazes de se adaptarem às necessidades de
negócios em constante mudança. É preciso
p e r c e b e r q u e n ã o e x i s t e e , m u i t o
possivelmente, nunca vai existir nenhuma
máquina que possa substituir ou imitar a
criatividade e inteligência humana e que esse é
o maior valor de qualquer organização. Mais
do que substituir a mão-de-obra humana, trata-
se de a libertar de tarefas rotineiras, para que
passe a concentrar- se em atividades de mais
alto nível e com muito maior valor para o
negócio.
José Rui Gomes
IT Specialist / IT Manager
Universidade do Minho
Presidente da APBI
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