Page 15 - newDATAmagazine | 12>04>2022

A resposta imediata à situação de Não é necessariamente um processo rápido
emergência levou a uma trasladação das
práticas existentes para estas plataformas. As
reuniões em torno de uma mesa passaram a
reuniões online; os e-mails converteram-se em
chats e mensagens diretas; os documentos
que se encontravam em pastas partilhadas lá
continuam, mas agora com acesso direto a
partir da nova intranet.
Depois do esforço de resposta inicial, as
organizações acomodaram-se, encontrando
pouca motivação, energia e tempo para
explorar devidamente o potencial destas
plataformas.
Não tendo aproveitado a oportunidade para
repensar as práticas de trabalho, são muitas
as Direções que, contrariando a preferência
expressa dos colaboradores, fazem força para
um regresso à “normalidade” do trabalho
presencial.
Num esforço de compromisso, muitas
organizações criam agora modelos de
trabalho híbrido. Porém, o trabalho híbrido traz
consigo um vasto conjunto de novos desafios
e oportunidades.
Metade dos colaboradores em casa não
corresponde a metade dos desafios de todos
os colaboradores em trabalho remoto:
c o r r e s p o n d e a o d o b r o ! H á
organizações que ainda não se aperceberam
disso.
As boas notícias é que esta é mais uma
oportunidade para repensar as práticas de
trabalho, tornando-as mais flexíveis, mais
assíncronas, mais proativas. Isso implica
trabalhar competências digitais, abordagens
d e l i d e r a n ç a ( d i g i t a l ) , m o d e l o s
comunicação interna e processos de
avaliação de desempenho, entre outros.
ou fácil, mas há pequenas vitórias bem à mão
de semear e há argumentos fortes para o fazer.
Voltando ao Social Collaboration
Maturity Benchmark, vemos que o
principal objetivo das organizações para os
próximos 12 meses é o de tirar partido de
outras funcionalidades que as suas
plataformas têm para oferecer.
Curiosamente, a maioria das organizações
que têm este objetivo são organizações que
dizem já não poder funcionar sem as
plataformas. O que nos leva a crer que quanto
mais as organizações ousarem explorar o
potencial destas tecnologias, mais vão
confirmar o seu valor e mais vontade vão ter de
repensar as suas práticas de trabalho à luz
desse potencial.
Se dúvidas houvesse deste potencial, os
dados também deixam claro que, durante a
pandemia e em contexto de trabalho remoto,
as organizações em estádios mais avançados
de maturidade na utilização destas
plataformas sentiram menos impacto
negativo no envolvimento dos colaboradores
com a organização.
De que é que as organizações estão à
espera para aproveitar as tecnologias digitais
m u i t a s de que já dispõem para repensar abordagens à
comunicação interna, rotinas de trabalho em
e q u i p a , o u p r á t i c a s d e p a r t i l h a d e
conhecimento, por exemplo?
Faltam ideias ou coragem?
Ana Neves
d e Founding Partner na
Knowman
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