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AQUI E AGORA instrumento de apoio à autorregulação” que
Implica assumir que a segurança e saúde no ainda hoje constitui um exemplo master neste
trabalho plasmada na legislação e nas tema; em 2014, realizou-se, sob a direção da
decisões globais é para todos!... AESST, a campanha europeia de boas práticas
na gestão do stresse e dos riscos
Nos tempos mais recentes, ouvimos psicossociais “Healthy Workplaces Award,”
reiteradamente falar na “necessidade” de secundada, em Portugal, sob a égide da Ordem
regressar a 2019 ou no que temos de fazer no dos Psicólogos Portugueses, em 2015, 2016,
período “pós-pandemia”. Seria curial, e até 2017 e 2022, que envolveu organizações dos
mesmo contributivo, que tivéssemos a setores privado e público na partilha de boas
“coragem” de assumir que 2022 não é mais práticas para o bem-estar de quem trabalha;
2019 (regressar ao passado só mesmo nos em 2016, a Ordem dos Médicos Portugueses
filmes de ficção científica) e esperar pela fase promove a avaliação do burnout na classe
“pós-pandemia” é adiar sine die o que urge médica; em 2017, é publicada a Lei n.º
fazer agora, porque se me afigura que a COVID 73/2017, de 16 de agosto, que “reforça o
irá acompanhar-nos durante muito tempo, quadro legislativo para a prevenção da prática
mesmo que o discurso diga o contrário daquilo de assédio” e não posso deixar de referir a
que os números não hesitam em mostrar. decisão da OMS, em 2019, de “registar” o
E vale a pena ter em consideração alguns burnout como doença profissional, entrando
dos pilares que continuam bem firmes, nos em vigor a partir de 1 janeiro de 2022 uma nova
princípios, em prol da segurança e saúde no classificação que assume o burnout como uma
trabalho. Em 2012, ano europeu para a doença ocupacional.
identificação dos riscos psicossociais, foi
configurada uma estratégia preventiva que ATUAR E MUDAR É PRECISO
deixou claro a necessidade da reflexão sobre a Tanta coisa que se fez merecedora,
importância de se construírem locais de certamente, do nosso reconhecimento, mas
trabalho saudáveis; em 2013, em Portugal, sob que também estimula “gritar” a dúvida sobre
a coordenação da Comissão para a Igualdade qual a razão para que os números… outra vez
no Trabalho e Emprego (CITE), foi publicado o os números, da realidade, não tenham
“Guia informativo – Prevenção e combate de correspondido às intenções, às decisões e às
situações de assédio no local de trabalho: um legislações!
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