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O que desconhecemos é que o facto de
estarmos a executar várias tarefas ao mesmo
tempo, de forma constante, tem repercussões
na prestação do nosso cérebro e na nossa
prestação cognitiva.
A ideia do multitasking é uma ilusão
poderosa. Pensarmos que quando fazemos
várias coisas ao mesmo tempo estamos a ser
muito produtivos é uma ideia errada. Ficamos
mais lentos, menos eficientes, mais
vulneráveis a cometer erros, menos capazes
de filtrar informação e de nos focarmos nos
aspetos relevantes.
Mudança de paradigma
Nesta sociedade dominada por um ritmo
frenético, será possível afastarmo-nos do
modo “piloto automático”, desacelerar e viver
de forma mais consciente?
As estatísticas vão ao encontro desta
mudança de paradigma. De acordo com os
dados do Randstad Employer Brand Research
2020, perante uma decisão de emprego, os
portugueses já não consideram a estabilidade
de carreira como o fator principal, destacando-
se, em segundo lugar, dos cinco principais
fatores, o equilíbrio entre a vida pessoal e
profissional (52%) na tomada de decisão para
o seu trajeto profissional.
Na mesma linha, de acordo com um estudo
conduzido pelo CEA da Católica Lisbon School
of Business and Economics, de Maio de 2019,
82,2% dos portugueses desejaria adotar um
estilo de vida slow, no seu dia-a-dia,
reconhecendo que este permitiria o aumento
dos níveis de bem-estar, felicidade, otimismo,
realização pessoal, perceção de saúde, estilo
de vida saudável, equilíbrio na vida, tempo livre,
sucesso e satisfação com a vida, criatividade e
capacidade de concentração, bem como a
diminuição dos níveis de stress.
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