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suas fraquezas de uma forma
individualizada. De modo similar, algoritmos
de decisão irão permitir medir a força de uma
argumentação.
São diversas as situações em que as
metodologias de ensino-aprendizagem
podem beneficiar do uso das tecnologias. Por
exemplo(4) , metodologias como as salas de
aula invertidas só são possíveis porque as
tecnologias permitem que os conteúdos
sejam gravados e disponibilizados para que
os estudantes lhes possam aceder e estudá-
los de forma antecipada, de maneira a que o
tempo em aula possa ser utilizado na
realização de trabalhos e na promoção de
discussões que desenvolvam o pensamento
crítico. As tecnologias permitem também um
processo de aprendizagem mais
individualizado e ao ritmo de cada estudante,
pois permitem aos estudantes aceder e
pesquisar informação, ter mecanismos de
comunicação, debate e gravação dos
resultados de aprendizagem. Também a
aprendizagem baseada em jogos é
melhorada através das tecnologias,
permitindo um maior envolvimento por parte
do estudante, através de desafios e da
atribuição de pontos e prémios. A realidade
virtual, realidade aumentada, e realidade
alargada permitem disponibilizar aos
estudantes realidades simuladas próximas
da realidade, envolvendo-os numa
aprendizagem mais ativa. A realidade virtual
pode ajudar a adquirir conhecimento e
capacidades, tais como resolução de
problemas, capacidades de comunicação e
de colaboração.
(4) Baneres, D., Whitelock, D., Ras, E., Karadeniz, A., Guerrero-Roldán, A. E., & Rodríguez, M. E. (2019).
Technology enhanced learning or learning driven by technology. International journal of educational technology in
higher education, 16(5), 26-40.
(5) Gaebel, M., Zhang, T., Stoeber, H. & Morrisroe, A. (2021). Digitally enhanced learning and teaching in
European higher education institutions. European University Association absl.2021
O mercado das tecnologias da educação
torna-se assim um mercado altamente
atrativo para o futuro e ainda pouco
desenvolvido na Europa. O projeto Enter-
EdTech, projeto europeu, financiado no
âmbito do ERASMUS+, e do qual a
Universidade da Beira Interior é o parceiro em
Portugal, visa precisamente preparar jovens
empreendedores para este mercado.
Na universidade da Beira interior, à
semelhança do que está a acontecer no
panorama nacional e internacional, a
preocupação com as capacidades adquiridas
pelos estudantes e a consequente
empregabilidade é grande. É nesse sentido
que se está a pensar um modelo pedagógico
que passa, cada vez mais, por metodologias
inovadoras suportadas pelas novas
tecnologias, que tal como referido, podem
proporcionar experiências de aprendizagem
mais interativas e motivantes.
No entanto, importa também reconhecer
que, apesar das IES reconhecerem uma
participação proativa quer por parte dos
estudantes quer dos docentes na
digitalização do ensino-aprendizagem, são
também muitas as barreiras manifestadas
por parte das IES, nomeadamente a falta de
recursos humanos e financeiros para a
implementação de um ensino-aprendizagem
mais digitalizado(5) .
Helena Alves
Vice-Reitora para o Ensino, Assuntos
Académicos e Empregabilidade na
Universidade Beira Interior
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