Page 10 - newDATAmagazine | 14>06>2022

risco informações sensíveis. Isto pode Ÿ Aumentar o âmbito do modelo de
justificar um maior envolvimento de
trabalho interno ao nível jurídico,
relações com investidores, impostos,
tesouraria, planeamento e análise, que
deve ser tido em conta;
Ÿ a adopção de serviços partilhados exige
uma boa gestão de recursos humanos,
focada na gestão da mudança e no
d e s e n v o l v i m e n t o d e n o v a s
competências. Descurar este aspecto
pode representar um falhanço na sua
implementação;
Ÿ apesar de muitas tarefas serem fáceis de
transmitir, é importante ter presente uma
boa comunicação interna, mas também
uma documentação clara dessas tarefas
associadas a cada processo. É
fundamental procurar entender e
comunicar os benefícios decorrentes das
melhorias dos processos;
Ÿ na fixação dos preços que os serviços
partilhados cobram às diferentes filiais
tem de haver equilíbrio, transparência e
flexibilidade, decorrentes de uma boa
avaliação dos “clientes internos”.
Tendências
Segundo um estudo da Gartner , quatro
tendências-chave e boas práticas estão a ter
impacto na concepção, funcionamento e
evolução do modelo de serviços partilhados,
assegurando o sucesso deste modelo. Sempre
encarando os serviços partilhados como um
negócio, capaz de entregar valor. São as boas
práticas:
Ÿ Ter sempre em mente alargar o nível de
suporte e também a cobertura territorial
dos serviços partilhados;
10 newDATAmagazine.com
serviços partilhados;
Ÿ Tentar sempre aportar valor através de
um modelo de governo eficaz;
Ÿ Incorporar nos serviços partilhados os
mesmos princípios de crescimento que
se aplicam às empresas.
Um outro estudo da Gartner defende que
manter uma visão de “negócio” dos serviços
partilhados, partindo de uma óptica de centro
de custo uma óptica de centro gerador de
resultados, apostado na qualidade de serviço,
no crescimento territorial, de nível de serviço e
de âmbito, de medição, optimização dos
processos e de melhoria contínua, entre outros
desafios, é, sem dúvida, uma tarefa complexa e
desafiadora para qualquer gestor de um
Centro de Serviços Partilhados.
Voltando ao estudo da consultora Deloitte ,
esta aponta as “fases para a implementação
de um Centro de Serviços Partilhados:
1. Avaliação da exequibilidade
Fase muitas vezes esquecida, mas
fundamental para definir o roadmap de alto
nível. No fundo, aqui é feito o business plan, que
consiste em: definir o âmbito, a escala e os
requisitos de alto nível; ter uma visão sobre a
forma como os objectivos vão ser definidos;
definir que processos vão estar incluídos,
quais vão ser partilhados e quais vão ser
subcontratados (fazer uma lista de potenciais
fornecedores). Nesta fase devem também
considerar-se questões a nível de legislação
local;
2. Desenho
Definir o enquadramento, a estrutura do
projecto e da equipa e o plano de trabalho. É
também nesta fase que se definem aspectos
como a inventariação dos processos, que se
define a tecnologia a adoptar ou a estrutura de
bom governo;